Caramujo também se come

Nosso movimento é amplo e defende o consumo - de preferência assado - de tudo que ande, nade, voe, que não articule palavras e não seja "bichinho" fofo de pet shop. E agora estamos ampliando nosso leque de guloseimas. Se rastejar também jogamos na churrasqueira e vemos no que dá. E isso não é prova doida do Hipertensão.

Porém, nosso movimento é responsável e busca informações científicas para comprovar suas teorias. Por isso ficamos muito surpresos quando descobrimos que o famoso Caramujo Africano, que infesta nossas cidades, pode ser um belo petisco com aquela cervejinha. Basta mudar seu hábito de consumo e criar coragem de mandar o escargot de pobre para o bucho.

Descobrimos que existe um estudo na Universidade Federal de Alagoas que mostra que o coitado do Achatina fulica ou o nosso famoso Caramujo Africano é um injustiçado. Nem José Dirceu foi tão acharcado pela imprensa brasileira. E o médico veterinário Maurício Aquino tem feito estudos no seu mestrado na UFAL que ele pode ser um grande aliado na luta contra a desnutrição.

Segundo seu estudo científico, após 20 anos de infestação no Brasil, houve apenas um caso confirmado de meningoencefalite eosinofílica (nominho difícil) atribuída ao caramujo africano com comprovação no país. Aquino defende que o controle da praga passa pela mudança de hábito alimentar do brasileiro que deveria começar a consumir o caramujo africano, lógico, devidamente higienizado e capturado em ambientes sanitários livres de esgotos e fossas. Prática que já vem sendo feita na China, Índia e até no Japão.

O médico também defende que a imprensa deve tratar o caramujo de forma justa. Mostrar que ele pode ser consumido e que a praga só ocorre pela irresponsabilidade como a informação é tratada nos meios de comunicação.

Finalmente, o movimento Salve Uma Cenoura entende que não podemos ser preconceituosos com nenhum tipo de animal que possa se tornar um churrasquinho, tampouco um rastejante. Caso você queira testar a receita que estamos colocando em vídeo, fique a vontade. Não temos nada com isso.

Veja aqui o artigo do mestrado do médico veterinário Maurício Aquino.

Receita para preparar um Caracol Africano e tomar com cervejinha depois.